Bispos Defendem a Poligamia

A Igreja Anglicana, na África, é criticada por excluir os polígamos da comunidade eclesial. Surpreendentemente, o crítico é o bispo anglicano, Dr. David Gitari, do Quênia, que “se constituiu defensor da poligamia local”, afirma Kruispunt (Encruzilhada), revista católica-romana holandesa. “É inacreditável”, afirma o bispo, “que a igreja assuma uma atitude mental muito mais aberta para com os divorciados do que para com os polígamos”. Afirma que “a moral africana da poligamia é um mal menor do que a moral européia do divórcio”, porque “com a poligamia, o marido africano se obriga a continuar cuidando de todas as mulheres com as quais ele está casado, ou já foi casado”.

Numa reunião em Campala, de anglicanos da África, Christopher Senyonjo, bispo de Buganda Oeste, instou similarmente com sua igreja para que “veja como se pode acomodar a poligamia”, veicula The Church Times, de Londres, Inglaterra. Citando dados do censo que revelam haver mais de um quarto de milhão a mais de mulheres do que de homens em Uganda, em 1980, o bispo sugeriu a poligamia como meio de impedir o celibato não-desejado. Embora asseverando que “a monogamia é o verdadeiro casamento, segundo Deus”, crê que a poligamia seja vantajosa, em especial para se evitar o divórcio quando a mulher é estéril.